“Somos o que repetidamente fazemos. A excelência, portanto, não é um feito, mas um hábito”. Aristóteles
Recebo relatos diários de pessoas que querem mudar alguns hábitos em sua vida e se deparam com muitas dificuldades para mudar e implementar uma nova rotina.
De fato, mudar hábitos é uma jornada repleta de desafios emocionais e mentais.
Nossos cérebros são eficientes em automatizar comportamentos, resistem à mudanças, buscando a comodidade do familiar. Aquele impulso de permanecer na zona de conforto é poderoso e muitas vezes nos faz adiar a mudança. Às vezes, adiar por muitos e muitos anos…
Entretanto, a maior parte de nós, de alguma forma ou de outra tenta uma mudança. Então, nossa motivação e a nossa persistência são testadas quando nos deparamos com adversidades. O processo de mudança exige esforço contínuo e ativo, principalmente quando enfrentamos obstáculos inesperados.
A tentação de voltar aos velhos hábitos pode ser avassaladora, tornando essencial que a gente saiba de antemão o que fazer para superar os momentos difíceis. Enfrentar as próprias falhas e reconhecer a necessidade de aprimoramento pessoal exige autoconfrontação e humildade.
Se você precisa implementar um novo hábito, como se alimentar melhor, fazer exercícios ou ler mais por exemplo, aqui vão algumas dicas para te ajudar nessa mudança:
1. Cuide do ambiente em que você vive:
É possível reorganizar nosso ambiente de uma forma que nos ajude a manter nosso novo hábito. Por exemplo, ter cuidado sobre que tipo de comida está disponível na sua casa é fundamental se queremos fazer uma reeducação alimentar.
2. Registro e Reflexão:
A vida cotidiana corrida pode dificultar que a gente tenha momentos de reflexão. E muitos de nós acabamos assim perdendo todo o benefício dessa poderosa ferramenta. Refletir e registrar concretamente (sim, literalmente, por escrito) o que fizemos até então são formas excelentes de consolidar nossos ganhos e seguir em frente. Assim, podemos consultar essas reflexões, construídas por escrito progressivamente.
3. Recompensas:
Recompensar a si mesmo é importante. Merecemos nos sentir bem pelas nossas conquistas. Um número surpreendentemente grande de pessoas se recusa, sabendo ou não que faz isso, a apreciar as próprias vitórias. Cuidado com isso. Você pode compartilhar seus sucessos com alguém que você sabe que responderá positivamente, ou ainda comprar um pequeno presente pra você (desde que, claro, seja compatível com seu novo hábito a longo prazo).
4. Rotina:
Assumir uma rotina inflexível, blindando atividades importantes, é fundamental. Nosso cérebro precisa de estabilidade para aprender. Fazer a mesma atividade todos os dias no mesmo local e na mesma hora, salvo emergências incontornáveis, é uma excelente maneira de consolidar hábitos, digamos, também blindados.
5. Relacionamentos:
Compartilhar seus objetivos com pessoas importantes pra você e que você sabe que te apoiam é uma excelente estratégia. Incluir essas pessoas no seu projeto para que sigam juntos no mesmo caminho é melhor ainda!
Na construção de um novo hábito é importante que tenhamos paciência para entender que não será um caminho linear, haverá momentos em que vamos ceder aos velhos hábitos e recomeçar a jornada de onde paramos, mas mais importante que nunca falhar é retomar sua construção até atingir seu o objetivo.
Para finalizar, pensei que a jornada de mudar hábitos é uma dança entre a vontade de evoluir e as resistências internas. Sempre haverá uma batalha constante contra a inércia e uma luta para substituir padrões familiares por novos comportamentos. No entanto, apesar dos desafios, a recompensa de uma vida mais alinhada com nossos objetivos e valores vale cada esforço investido.
Qual hábito você quer implementar, mas tem dificuldade?
“A Cultura do Narcisismo” de Christopher Lasch é uma obra que examina criticamente a transformação da sociedade moderna. Publicado nos anos 1970, o livro permanece relevante ao analisar como a ênfase na autoestima, no consumismo e na busca pelo prazer imediato contribuíram para o aumento do narcisismo e a alienação. Lasch explora a influência dos meios de comunicação, o culto à celebridade e o isolamento resultante disso. É uma obra provocadora e que vale a pena ser lida.
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