“O paradoxo curioso é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo.”
– Carl Rogers
A autoaceitação é um tema que ganhou destaque nos últimos anos, entendido por alguns como a chave do bem-estar, e por outros como uma frescura dos tempos modernos. Afinal, o que é autoaceitação?
Aceitar a si mesmo não significa apreciar ou se conformar com todas as características pessoais, como os próprios defeitos ou aquilo que precisa ser melhorado. A verdade é que todos temos defeitos e vale sempre a pena estarmos abertos a aprimorá-los. Essa abertura para aprimoramento tem tudo a ver com os nossos objetivos e com os nossos valores.
Ainda, é importante frisar: aceitação não significa submissão ou inação. Aceitação é adotar uma atitude voluntária intencionalmente aberta, receptiva e flexível em relação a algo.
Aceitação significa abrir um espaço dentro de si para ter contato com aquilo que é desagradável de alguma forma. E é importante porque nos traz liberdade para agir na presença de algo desagradável.
Nossos defeitos não são bacanas, bonitos e legais. Como podemos lidar com eles sem aceitar entrar em contato com eles? Não tem como…. Precisamos reconhecer as nossas características pessoais que precisam de aprimoramento. Não tem jeito de construir uma vida melhor para nós mesmos sem autoaceitação.
Além disso, aceitação não significa nos conformar conosco do jeito que somos. É verdade que muitos temos características que não podemos mudar, reconhecer o que não pode ser mudado, mas somente aceitado de maneira radical é fundamental.
Aceitar a si mesmo não significa abandonar as possibilidades de aprimoramento pessoal e muito menos ignorar as consequências negativas dos próprios defeitos para si e para os outros, mas permitir que a gente tenha contato íntimo conosco de maneira a permitir um aprimoramento pessoal fundamental para uma boa vida sem cair na história que somos perfeitos do jeito que somos.
Agora, se atente a essas dicas para te ajudar nesta jornada:
– Aprenda a refletir: Tire um tempo para se conhecer melhor e reflita sobre suas paixões, valores, medos e desejos. Quanto mais você entender a si mesmo, mais fácil será aceitar quem você é.
– Abandone o perfeccionismo: O perfeccionismo pode ser um inimigo, lembre-se de que ninguém é perfeito, e está tudo bem cometer erros e enfrentar desafios.
– Pratique a autocompaixão: Trate-se com a mesma gentileza que trataria um amigo querido. Quando erramos, em vez de se criticar, tente se consolar como faria com alguém que ama. Esse é um bom ponto de partida para mudanca.
– Evite a comparação social: Cada pessoa tem sua própria jornada. Comparar-se constantemente com os outros só mina sua autoconfiança. Ao invés, disso concentre-se em suas próprias conquistas e crescimento.
– Celebre suas conquistas: grandes ou pequenas. Precisamos aprender a apreciar e celebrar as nossas conquistas, mesmo as pequenas.
A jornada de aceitar a si mesmo é um processo poderoso e transformador, que nos permite abraçar nossa autenticidade e nos libertar das expectativas irreais.
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