“O pensamento é o ensaio da ação” – Sigmund Freud
Sabe quando você tem algo importante para fazer mas simplesmente não consegue iniciar? Você faz outras coisas antes, não sabe priorizar, e depois sente como se não tivesse feito nada de concreto?
Dentre as opções abaixo, qual se encaixa melhor para você?
Sempre procrastino e jogo as tarefas para frente.
Só procrastino quando estou muito cansado(a).
Só procrastino as tarefas chatas e repetitivas.
JAMAIS procrastino.
Muitas pessoas não sabem, mas a procrastinação pode ter uma relação significativa com a saúde mental. A procrastinação é o ato de adiar tarefas ou atividades, muitas vezes em favor de atividades menos importantes ou mais agradáveis, e pode ter várias consequências negativas para a saúde mental, incluindo:
Estresse e ansiedade: enquanto você procrastina, você não está tranquilo e aproveitando a sua vida. A ideia de que você não está fazendo o que deveria pode permanecer constantemente na sua cabeça. Resultado: você não só não realizou a tarefa que era importante, quanto não teve o lazer que todos precisamos.
Baixa autoestima: Quando alguém procrastina com frequência e não atende às suas próprias expectativas ou prazos, isso pode levar a sentimentos de inadequação e baixa autoestima.
Piora no desempenho acadêmico ou profissional: Pode ser que você procrastine, mas no fim faça o que precisa ser feito, em geral porque o prazo é iminente. Note como provavelmente esse trabalho não tem a qualidade que poderia ter, de forma que seu desempenho se torna inferior à sua capacidade.
Círculo vicioso: A procrastinação pode criar um círculo vicioso, onde o adiamento constante das tarefas leva a mais estresse e ansiedade, o que, por sua vez, pode levar a mais procrastinação. Frequentemente, esse círculo vicioso culmina em depressão e transtornos de ansiedade.
É importante observar que a procrastinação ocasional é normal e não necessariamente prejudicial para a saúde mental. No entanto, quando se torna um padrão crônico e interfere nas responsabilidades e na qualidade de vida, pode ser um sinal de que a pessoa precisa de apoio ou estratégias para lidar com o problema.
Para melhorar a saúde mental em relação à procrastinação, algumas estratégias podem ser úteis:
Identifique o seu padrão de procrastinação: Qual tarefa você costuma procrastinar? Que emoção negativa você sente diante dessa tarefa? O que você faz enquanto procrastina, mesmo que “pareça produtivo”? Reflita e anote tudo isso!
Bloqueie estímulos externos: Se você tem dificuldades para manter o foco, você precisa se proteger de estímulos externos. O entretenimento sempre vai parecer mais interessante do que outras tarefas, ainda mais quando as tarefas são complexas ou maçantes. Ficar longe do celular (não basta desligar notificações) é fundamental, assim como bloquear qualquer outra distração que possa te incomodar!
Perceba as suas emoções: Procrastinação é tanto um problema de organização como um problema emocional. Pode ser difícil iniciar uma tarefa que lhe traz ansiedade. Entretanto, em primeiro lugar perceber que essa ansiedade acontece é um primeiro passo importante. É muito provável que ao fazer isso você perceba que a ansiedade não é tão impossível de aguentar assim.
Faça uma coisa de cada vez: Multitasking não funciona, simples assim. Você vai achar que está realizando mais de uma tarefa ao mesmo tempo e, no fim, não conclui nada ou não faz nenhuma das duas (ou mais) com qualidade. Faça uma tarefa por vez, sempre.
Divida a tarefa em vários passos: Quebrar uma tarefa complexa em várias etapas menores é uma estratégia extremamente eficaz para combater a procrastinação. A ideia é dividir a tarefa até que o primeiro passo seja tão pequeno que seja muito difícil de procrastinar!
Observar nosso comportamento é importante para perceber quando estamos adotando posturas procrastinadoras e traçar estratégias para sair desse ciclo.
Reflexão: O que você faz quando se percebe procrastinando?
A indicação da semana é o filme “Máfia no Divã” que está disponível no Prime Video. O filme narra a história de um chefe da máfia que passa a ter ataques de pânico e procura a ajuda de um terapeuta.
O filme é uma demonstração de como é possível tratar temas sérios com humor de maneira respeitosa. Vale assistir!
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